Um pouco de tudo, tudo de nada

Meus livros estão empilhados no canto da estante, esperando para que eu os leia. Do outro lado, várias anotações do que eu deveria resolver, mas que continuava na mesma desde quando? Já não sabia mais quando havia tido aquelas ideias sem sentido. Outros tantos recados, cartas para ler, segredos que não quis contar. Esse tédio que me sufoca e essa rotina chata e que não levava a lugar algum. Olho para o relógio e procuro pensar que logo irá chegar a hora da partida, sem olhar para trás. Ah, como queria partir para novos ares, novos horizontes. Mas preciso ter calma, agir como jogador de cartas, sem demonstrar a tempestade que está por vir. Volto meus olhos para a estante de livros. Será que essa mudança poderia começar agora? Meus pés travessos correm para a estante e pego o primeiro livro que está no topo da pilha. Os recados, os segredos e as cobranças esperariam mais um dia, ou dois. Sorrio e finalmente me sinto do jeito que sempre quis estar.

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