Aqueles pensamentos do fim de tarde

Retornando ao ponto de encontro. Sem arrependimentos, reinicio meus sonhos, desejos e objetivos, andando mais devagar e sentindo cada instante se eternizar em minha memória. Como uma máquina perfeita, reorganizo minha vida para transformá-la em um filme sem tropeços e confusões. O que era muito comum agora é uma questão de vida – será que duraria até o fim? – e, mesmo que não durasse, seriam experiências memoráveis? Enlouqueço só de pensar nos sonhos despedaçados, nos objetivos e na minha busca febril pela perfeição. Cada coisa em seu devido lugar, cada centímetro planejado e cada minuto controlado. É meu defeito, o perfeccionismo. Por causa dele perco-me em pensamentos e planejamentos e me esqueço de viver. É o meu medo de perder tempo que causa meus atrasos.  Não é medo de encarar a vida: na verdade, é meu receio de ter de conviver com presságios obscuros, talvez. Por isso quero voltar ao início, “reiniciar meu sistema operacional”. Desprender-me desse vício que toma conta do meu tempo e da minha rotina. Experimentar a sensação de ir fundo a uma questão sem me preocupar com as opiniões alheias. São aqueles meios e fins que me deixam confusa: idas e vindas, encontros e desencontros. A lógica ilógica da vida que me deixa perplexa e muitas vezes sem saber se tenho o controle de minha vida. Cada término é um começo, cada começo é um desafio. Não existe fórmula para viver: simplesmente vivemos e estaremos sempre em perpétuo aprendizado. Hoje percebo que fórmulas são desnecessárias, pois as exceções se manifestam mais que as regras e é esse o desafio de viver.

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